A ópera na vida cultural lisbonense do Romantismo
Resumo
A Ópera de S. Carlos foi reaberta ao fim da guerra civil em Janeiro de 1834, como sinal da instalação de novos tempos liberais, de novos gostos, de novos costumes e de modas novas. Em breve os cenários de Cinatti e de Rambois animaram as representações que o riquíssimo Conde de Farrobo assumiu como empresário-mecenas. Um teatro de prosa, desejado por Garrett, inaugurou-se no Rossio em 1846, o D. Maria II, no mesmo estilo neoclássico de S. Carlos, meio século atrás - e entre os dois teatros e o Passeio Público, posto em moda pela presença do rei-consorte Fernando de Saxe-Coburgo, e a permanente vivência do Chiado, «capital de Lisboa» e dos seus cafés e restaurantes à beira da Ópera, a vida da cidade romântica definiu-se nos ócios burgueses. Neles S. Carlos, com suas intrigas de «divas» e contratos, de dilettantti e de jornais afectos, polarizou o seu papel que a literatura de Júlio César Machado e de A.P. Lopes de Mendonça até Eça de Queiroz ilustrou.
Texto Completo:
PDFApontamentos
- Não há apontamentos.
Copyright (c) 2018 Revista Portuguesa de Musicologia
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
This site is jointly supported and published by the Portuguese Society for Music Research (SPIM), the Institute of Ethnomusicology–Centre for Studies in Music and Dance (INET-MD) and the Centre for the Study of the Sociology and Aesthetics of Music (CESEM). INET-MD and CESEM are both based at the FCSH, Universidade Nova de Lisboa, Portugal, and funded by the FCT-Portuguese Foundation for Science and Technology. This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.